terça-feira, 19 de outubro de 2010

Algumas ferramentas para modelar o seu processo

O modelador de processos é o ambiente gráfico que permite ao responsável pelos processos modelar e representar o seu fluxograma, utilizando uma determinada notação. Essencialmente a notação é a funcionalidade mais demanda, pois as pessoas em geral são mais visuais que auditivas e sinestésicas e querem ver sempre o processo graficamente.
No mercado existem excelentes ferramentas de desenho, mapeamento e entendimento de processos. Podemos obter desde as mais simples que se assemelha aos editores de imagens, até as mais complexas, que constituem em aplicações robustas com banco de dados integrados nomeados de BPA – Business Process Analysis.

Vamos então ver algumas dessas ferramentas:

Microsoft Visio


BizAgi
Link: http://www.bizagi.com/


IDS Scheer Aris
Link: http://www.ariscommunity.com/aris-express


Coloquei apenas alguns exemplos das ferramentas existente no mercado para desenho/modelagem de processos, algumas free outras não.
O mais importante além da ferramenta é ter em mente o que realmente precisa ser feito e como será feita, pois não podemos abraçar tudo. Devemos ter um plano de ação com começo, meio e fim para cada processo a ser modelado.

Paulo Andrade

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Como mapear seus processos


Caros leitores...passei um tempo fora do meu próprio blog e estou de volta com um assunto bacana e aparentemente simples, então vamos!!!

Hoje em dia a um assunto relacionado à gestão organizacional que esta em plena evidência. Estou falando sobre a “gestão por processos”. Com a sua inclusão na ISO 9001 versão 2000 como um dos seus fundamentos, ganhou espaço e foi assunto discutido nas organizações. Os auditores passaram a realizar as suas auditorias “por processo”. Organizações passaram a mapear seus cenários, suas atividades e a nomear os seus processos, identificando assim as suas “entradas”, “saídas”, “recursos”, etc.

Estamos cientes que as identificações, nomenclaturas e definições agregam valor às organizações desde que disponha de uma efetiva e verdadeira gestão por processos. A gestão por processos é muito mais que mapear as atividades organizacionais, pois significa muito mais do que apenas dar nome as etapas dos processos para que possa ser identificada.

Vamos tomar como base os conceitos do Modelo de Excelência em Gestão da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade, entidade legitimamente constituída para disseminar os fundamentos da excelência em gestão para o aumento de competitividade das organizações e do Brasil. Segundo a FNQ, definimos processos por “um conjunto de atividades preestabelecidas que, executadas numa seqüência determinada, vão conduzir a um resultado esperado que assegure o atendimento das necessidades e expectativas dos clientes e outras partes interessadas”.

Este é o conceito que consideramos como ideal, pois uma empresa que emprega esta pratica é um “eco sistema de processos”, em continua execução pelas pessoas que compõem sua força de trabalho. Ainda segundo a FNQ, os processos estão inter-relacionados e interagem entre si, de tal forma que, produtos e serviços deles provenientes, constituem a entrada para um ou mais processos na seqüência de execução, que busca o atendimento das necessidades e expectativas dos clientes.

Em poucas palavras, toda empresa é um eco sistema em plena atividade. Ou seja, funciona como um conjunto de processos. A identificação e o mapeamento destes processos permitem um planejamento adequado das atividades, a definição de responsabilidades e o uso adequado dos recursos disponíveis.

Para continuarmos segue um alerta. As organizações que mapeiam os seus processos de forma simples, relatando apenas as principais etapas dos seus ciclos, com o objetivo único de ter um documento “belo” para que agrade quem o leia, esta sendo vitimado ao seu próprio simplismo, pois não é este o principio do “gerenciamento por processos” desprivilegiando assim a essência teórica fundamental do que se faz.

O mapeamento das atividades de uma organização é complexo. É instável, pois os processos são organismos vivos em plena evolução nos ambiente que são inseridos. Em primeira vista vemos a desorganização em muitas das etapas existindo assim oportunidade de melhorias. Partindo destas oportunidades é que surgem os principais benefícios da gestão por processos.

Os processos devem ser detalhados, contendo assim qualquer inter-relacionamento entre atividades, retratando todo o ambiente organizacional. O resultado é, sempre, um desenho enorme, complexo, de difícil compreensão, cujo entendimento pontual só se dá por meio de um estudo detalhado, perfeccionista e paciente.

Mapear os processos de uma organização é muito mais do que tira uma simples foto da lógica de entradas e saídas entre pessoas, cargos, departamentos, gerências ou áreas. É um exercício de reflexão e debates cujo objetivo fim é retratar fielmente, através de fluxogramas ou qualquer outra ferramenta visual existente, como ocorrem os trânsitos internos, quais são os seus pontos fracos, onde estão os acordos definidos, como ocorrem os fluxos de informações, quais são as responsabilidades por cada etapa, e, principalmente, quais são as entregas efetivas que constituem os produtos dos clientes internos das organizações.

A primeira etapa de uma bem sucedida gestão por processos efetiva é constituída pelo mapeamento dos processos, pois é um dos trabalhos mais importante nesta metodologia de gestão. É a construção da principal ferramenta de gerenciamento e melhoria interna. Uma vez bem feito, as deficiências operacionais e os inputs para melhoria ficam tão evidentes que parecem lógicos chegando ao ponto ser até banal e extremamente simplistas.

Como princípio fundamental para um mapeamento eficaz, é necessário entender as diferenças entre processos de negocio, sub-processos de negocio, atividades dos sub-processos, tarefas e procedimentos todos dentro de uma cadeia de valor, pois este é o campo de passeio dos processos. Neste post não vou me aprofundar nestes conceitos e teorias, pois alguns deles são polêmicos, divergentes entre autores. O importante é que, sob nenhuma hipótese, eles devem ser desconsiderados em um processo de mapeamento.

Os fluxos mais detalhados a serem desenhados são os de atividades do sub-processo. Eles detêm todas as características a serem consideradas para proposições de mudanças e alterações de práticas. Os fluxos de sub-processos de negocio e processos de negocio e macro-processos, por suas vezes, têm um caráter gerencial obtendo assim um retrato global da forma de funcionamento interno da organização para geração do serviço/produto.

Paulo Andrade

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A relação do ciclo PDCA e o filme "We are Marshall"

Parece estranho que um blog que tem o intuito de ser direcionado ao lado profissional, comente sobre um filme, mas não vou falar apenas de um filme vou fazer uma correlação a uma metodologia.

We Are Marshall é um filme baseado em uma história real de um time de futebool americano da cidade de Huntington, West Virginia.
Na volta de uma partida na Carolina do Norte o time sofre um trágico acidente aéreo. Acidente este que mata todos os 75 membros do time incluindo a comissão técnica. A comunidade de Huntington se fecha em um luto e junto a este sentimento é lacrada às expectativas de um novo time até que um jovem treinador decide reconstruir a equipe, contando com poucos recursos e tendo muitos obstáculos.
Com este argumento, vou demonstrar que o ciclo PDCA esta presente em nossas vidas mesmo sem a teoria aplicada e desta forma executamos o ciclo sem ao menos perceber o rumo que tomamos.

O ciclo PDCA começa com o Planejamento (Plan) = O jovem técnico que se ofereceu para reconstruir a equipe de futebol, sabia o momento em que a cidade de Huntington passava. Um momento de luto, pois muito perderam filhos, amigos, maridos, esposas, namorados, noivos e a esperança de um dia ter um novo time, mesmo assim Jack Lengyel planejou a reconstrução do time sem o incentivo dos habitantes da cidade mais com a vontade de alguns jogadores do Marshall que não estavam na tragédia, jogadores que não chegavam a 5% da equipe anterior.

No PDCA após o planejamento ocorre a etapa de execução (Do) = Após planejar Jack Lengyel passou executar a ação, ou seja, conseguiu o emprego de treinador mesmo sendo de outra cidade e formado por outra universidade quebrando assim um dos primeiros paradigmas de Huntington. Após a conquista do emprego existiam outras etapas do planejamento a serem executadas como formar uma comissão técnica, formar uma equipe com os poucos veteranos aptos a jogar e arrebanhar novos jogadores ainda calouros.

A terceira etapa do ciclo PDCA, após a execução é constituído pela checagem (Check) = Com a comissão técnica formada e o time já dimensionado foi realizado o primeiro jogo oficial no qual resultou em uma derrota.

No ciclo PDCA mesmo quando não alcançamos a meta desejada executação a fase da ação (Act) = Jack Lengyel com o time derrotado e ainda com alguns cidadãos contra a volta do time, tomou uma ação. Apos a primeira rodada do ciclo ela passou a conhecer alguns de seus problemas e rodou o ciclo novamente alcançando assim sua primeira vitória a primeira vitoria do Marshall.

A história do Marshall deve ser tida como exemplo para todos, pois não há conquista sem uma meta definida, sem um planejamento, sem uma execução, sem uma reflexão e sem uma ação.
Como profissionais hoje temos os recursos necessários e nos deixamos abater por pequenas anomalias, desenvolver o nosso lado racional somado ao lado criativo alcançamos sempre a nossa meta e quando não alcançamos rodamos o ciclo novamente, pois passamos a conhecer os nossos problemas.

Paulo Andrade

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Escritório de Processos

Escritório de Processos – BPMOffice


Uma empresa que tem como preocupação manter uma estrutura interna permanente que seja responsável pela coordenação das atividades relacionadas ao mapeamento, melhoria e gestão dos processos é motivo de grande satisfação, pois eu que trabalho e acredito na gestão de processos sei como é importante esta estrutura interna.
Uma empresa que deixa de tratar os trabalhos de processos como projeto isolado para corrigir problemas pontuais em determinadas áreas e começa a entender a devida importância da gestão de processos como uma disciplina importante para auxiliar e alavancar a gestão do negócio como um todo esta no caminho certo e de grande diferencial entre as demais empresas.
Entendo que da mesma forma que existe estruturas voltadas à gestão de pessoas, gestão financeira e gestão da tecnologia da informação deve existir a estrutura de gestão dos processos. A esta estrutura é dada o nome de Escritório de Processos, ou BPMOffice (Business Process Management Office).
Acredito que quando temos problemas ou resistências internas, há um desconforto geral, principalmente para o Escritório de Processos que nunca é bem aceita pela operação. Por este motivo, saliento algumas premissas a serem consideradas para manter o Escritório de Processos em bom andamento.

1. Autonomia: quanto mais o escritório de processos estiver ligado à alta direção da empresa, e não subordinado a uma determinada área, melhor. Por ser uma disciplina de gestão, que se preocupa com o desempenho e melhoria de todos os processos da empresa, a equipe de processos deve poder ter autonomia para analisar, apontar problemas e “cobrar” a implantação de melhorias e o desempenho dos diferentes gestores de processos da empresa.

2. Alinhamento: mantendo a autonomia, a disciplina de processo precisa estar alinhada com a operação. Muitas vezes, estas atividades estão até mesmo sob uma mesma estrutura, o que não é um problema, desde que as responsabilidades estejam bem definidas.

3. Visão de Longo Prazo: é preciso esclarecer a alta direção que os maiores resultados advindos da gestão de processos, não aparecem de imediato, mas exigem uma continuidade das ações e perseverança, afinal trata-se de uma mudança na cultura de gestão.

4. Planejamento e Priorização: podemos começar as atividades definindo (ou revisando) o modelo de gestão de processos da empresa e priorizando os processos que merecem ser primeiro analisados e mapeados. Quando mapeamos e melhoramos todos os processos ao mesmo tempo estamos fadados ao fracasso.

5. Estrutura “Multiáreas”: o sucesso do escritório de processo não se restringe apenas aos gerentes, coordenador e analistas de processos. Faz parte deste time o responsável pelo seu planejamento e coordenação. Porém, faz parte do escritório de processos também a alta direção da empresa (ou parte dela), em forma de comitê ou similar para aprovar e analisar os resultados do trabalho principalmente. Também faz parte da estrutura a equipe de TI, parceria interna para os projetos de automação de processos.

6. Processos e Gestão: sendo também um processo, devem-se definir claramente quais são os processos do Escritório de Processos, o que envolve mapear estes processos, definirem as responsabilidades por cada um, padronizar as metodologias e ferramentas a serem utilizadas e implantar indicadores de desempenho para medir a eficácia e a eficiência do escritório de processos.

Acredito que adotando as premissas ficará mais fácil garantir o sucesso do Escritório de Processos. Sei que surgirão dificuldades e resistências no meio do caminho, mas, com perseverança e sem desânimo, os resultados aparecerão.

Paulo Andrade